Nos últimos três meses, a Tesla enfrentou uma série de desafios que abalaram sua posição no mercado global. Entre fevereiro e abril de 2025, a empresa viu seu valor de mercado despencar, enfrentou críticas intensas devido ao envolvimento político de seu CEO, Elon Musk, e iniciou um processo de recuperação que ainda está em curso.
Em fevereiro, a Tesla registrou uma queda significativa de 28% no valor de suas ações. Esse declínio foi impulsionado por uma redução de 49,2% nas vendas na China em comparação ao ano anterior. Além disso, o envolvimento de Elon Musk com o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) e sua associação ao governo Trump geraram preocupações entre investidores e consumidores, afetando negativamente a imagem da marca.
Março não trouxe alívio para a Tesla. As ações continuaram em queda, acumulando uma desvalorização de 38% no ano até o dia 15. A empresa enfrentou protestos globais, vandalismo em suas instalações e críticas devido ao envolvimento político de Musk. Além disso, a concorrente chinesa BYD superou a Tesla em receita e lucro líquido no primeiro trimestre, destacando-se como líder no mercado global de veículos elétricos.
Em abril, a Tesla apresentou sinais de recuperação. Após a divulgação dos resultados do primeiro trimestre, que mostraram uma queda de 71% no lucro líquido, Musk anunciou que reduziria seu envolvimento com o DOGE para se concentrar mais na Tesla. Essa mudança foi bem recebida pelo mercado, resultando em uma valorização de 20% nas ações da empresa.
Além disso, a Tesla anunciou planos para lançar um serviço de robotáxis em Austin até junho, iniciando com 10 a 20 veículos e expandindo rapidamente ao longo do ano.
Apesar dos desafios enfrentados nos primeiros meses de 2025, a Tesla demonstra resiliência e capacidade de adaptação. A retomada do foco por parte de Elon Musk e os novos projetos anunciados podem impulsionar a recuperação da empresa nos próximos trimestres. No entanto, será crucial monitorar a execução desses planos e a resposta do mercado diante das mudanças estratégicas da companhia.
