O grande embuste do IPCA: um tapa na cara do trabalhador brasileiro

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Douglas Holanda

O governo e seus economistas de planilha anunciaram com pompa e circunstância que o IPCA subiu apenas 0,16% em janeiro. A manchete foi imediatamente alardeada por seus porta-vozes na imprensa, como se fosse prova de que a economia está sob controle. No entanto, para o trabalhador brasileiro, essa narrativa soa como um insulto. Enquanto a inflação dos alimentos avançou 1% no mesmo período, a classe política e seus asseclas no IBGE insistem em empurrar números que não refletem a realidade do cidadão comum.

O IPCA, índice que supostamente mede a inflação oficial, é um instrumento criado pelo Estado para maquiar a depreciação do poder de compra do povo. O sujeito que recebe um salário mínimo e vai ao mercado percebe o aumento real dos preços. Ele vê o arroz mais caro, o feijão mais pesado no bolso e os produtos básicos consumindo uma fatia cada vez maior de sua renda. Mas, segundo o IBGE, a inflação é baixa. Baixa para quem? Para os burocratas bem pagos em Brasília?

A farsa se repete mês após mês. O governo usa o IPCA como ferramenta de propaganda, enquanto o brasileiro comum lida com a carestia. Se a inflação oficial é 0,16%, por que o custo de vida só sobe? Simples: porque o cálculo do índice é manipulado para favorecer a máquina estatal. A cesta de bens utilizada na medição da inflação está contaminada por produtos e serviços que não refletem as despesas essenciais do povo. O preço do iPhone pode ter caído, mas e o preço do arroz, do leite e da carne? Isso não interessa ao governo, pois sua prioridade é perpetuar o engodo da “estabilidade econômica”.

E quem ganha com essa mentira? A resposta é óbvia: os burocratas e seus aliados no setor financeiro. Com um IPCA artificialmente baixo, os juros reais continuam elevados, garantindo lucros exorbitantes aos grandes bancos, enquanto o trabalhador é penalizado duplamente – primeiro, pela corrosão do seu poder de compra e, depois, pela dificuldade de acessar crédito. O Estado, como sempre, protege seus parceiros e sacrifica aqueles que não têm voz.

O brasileiro precisa entender que o governo não está do seu lado. Ele não quer proteger seu poder de compra, mas sim perpetuar um sistema que mantém a população sob controle, expropriando sua riqueza de forma sorrateira. Enquanto o povo continuar aceitando as estatísticas oficiais como verdades absolutas, continuará a ser enganado. O IPCA não passa de uma ferramenta de engenharia social, criada para iludir os incautos e mascarar a destruição do dinheiro pela inflação.

O verdadeiro índice que importa é aquele sentido na feira, no açougue, na padaria. Enquanto o brasileiro médio vê sua alimentação cada vez mais cara, qualquer estatística estatal que sugira o contrário deve ser tratada com o desprezo que merece. O governo, com sua máquina de propaganda e sua trupe de economistas amestrados, pode continuar vendendo suas ilusões. Mas a realidade bate à porta de todos que ousam abrir os olhos.

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