O Brasil precisa de homens

Desde que voltou ao poder, Lula tem demonstrado, com impressionante clareza, sua total incapacidade – ou pior, sua falta de vontade – de gerir as contas públicas de forma responsável. O que estamos assistindo não é apenas uma administração negligente, mas um verdadeiro ataque ao que resta da saúde fiscal do Brasil, sustentado por discursos demagógicos e uma prática política que flerta perigosamente com o caos.

O déficit fiscal explode como um tumor maligno, resultado de uma política que gasta muito mais do que arrecada, como se dinheiro público fosse uma árvore mágica no quintal de Brasília. Este governo age como um filho mimado que, ao invés de ajustar seus gastos à realidade, prefere chorar e se endividar. E o mercado, como seria de se esperar, reage com pavor. O real perde valor dia após dia, e a taxa de câmbio reflete a desconfiança crescente na capacidade desse governo de manter o país financeiramente viável.

Lula e seus asseclas não apenas ignoram a gravidade da situação; eles dobram a aposta. O arcabouço fiscal apresentado ao Congresso foi uma farsa grotesca, uma peça de teatro político destinada a acalmar os mais ingênuos, enquanto as fundações econômicas do país são demolidas com a mesma desenvoltura de quem destrói um castelo de areia na praia.

A escalada do endividamento público é alarmante. Em vez de frear o ímpeto gastador, o governo parece empenhado em provar que, de fato, “não há limites” – frase que já se tornou um mantra entre seus seguidores. Mas, enquanto Lula perpetua sua narrativa de “inclusão social”, o brasileiro médio paga o preço em forma de inflação, aumento nos juros e um câmbio que torna cada vez mais caro importar bens essenciais.

O que estamos presenciando é uma versão moderna do velho populismo latino-americano: a ilusão de que se pode governar apenas com base em promessas vazias e dinheiro alheio. Ao mesmo tempo, qualquer crítica ao descalabro fiscal é rotulada de “neoliberalismo” ou “falta de compaixão”. É uma retórica que busca desviar a atenção dos fatos: este governo não tem competência técnica, visão de longo prazo ou coragem moral para enfrentar a realidade econômica.

Se o cenário atual persistir, não é exagero dizer que o Brasil caminhará para uma crise econômica de proporções históricas. E quando essa bomba finalmente explodir, Lula e seus aliados, como sempre, culparão “os mercados”, “a direita”, ou qualquer outro bode expiatório conveniente. Mas a verdade não se esconderá: este governo é o principal responsável pela destruição do pacto fiscal e pelo sofrimento que inevitavelmente recairá sobre a população.

O tempo de alertar já passou. Agora é o tempo de resistir – não apenas à política econômica desastrosa de Lula, mas também à narrativa que a justifica. Pois o que está em jogo não é apenas o presente, mas o futuro de um país que merece mais do que ser refém de uma liderança irresponsável e inconsequente.